top of page

Sobre Nossos Resenhistas

 

Se você já leu algumas resenhas feitas por nossa equipe nesse site, certamente notou que há uma discrepância de estilos entre elas. Isso acontece porque acreditamos que, assim como cada autor tem seu estilo próprio: ritmo, forma de interagir com o leitor, vocabulário, e percepção, assim devem ser os resenhistas. E a questão do nível de "rigor" das avaliações, é, feliz ou infelizmente, sorte ou azar do autor que nos confia sua obra. 

 

Veja aqui a página da nossa equipe.

 

 

 

 

Resenhas Recomendadas (Outubro)

Uma estreia surpreendente.

 

Peguei Do Som Ao Impacto para ler da fila sempre ansiosa das obras encaminhadas para o email do IndieCando...leia mais

Apesar de não ser tão fã assim de histórias fantasiosas – a senhora afirmação ironica, já que meu autor favorito é Stephen King -, encontro vez ou outra...leia mais

Feedback de escritores

Ler, ler, e ler. E isso sem poder escolher o livro, e com data para a entrega da resenha, pressão, trabalho, estudo e vida pessoal. Essa se tornou a rotina dos resenhistas deste site, que fazem esse trabalho por amor à literatura e vontade de mudar o cenário literário nacional atual, para que bons autores independentes e iniciantes tenham o destaque que merecem. Para esses pé rapados cheios de teorias e ideologias, nada supera o feedback entusiasmado dos autores de obras resenhadas por eles nesse nosso primeiro mês de operações clandestinas. Aqui vão alguns:

"Que máximo esse trabalho que vocês fazem, não vi ainda mas agradeço desde já, parece uma leitura de verdade e isso é muito bom para nos autores que queremos parametros pra entender o que nós mesmo estamos fazendo.

 

Origado e sucesso!!!!"

 

- Ygor Moretti Fiorante (autor de Do Som ao Impacto)

"Obrigado e continuem o bom trabalho. Como já disse, amei a premissa do projeto e sem duvida irei enviar minhas futuras histórias"

 

- Tadeu Jr. (autor de Luna)

"Muito obrigada. Amei a resenha. Fiquei muito surpresa mesmo. Divulgarei o site."

 

- Luciene Evans (autora de Zylgor)

"Diga para [a resenhista] que eu achei PERFEITA. Pela primeira vez alguém fez uma resenha real, apontando erros e acertos. Eu amei, principalmente a parte dos erros, pois eu sei onde devo melhorar. E isso faz uma diferença enorme. 

 

A maioria dos blogs parecem apenas querer agradar, então toda vez que peço uma crítica - principalmente construtiva - ela não vem. E isso é ruim, pois eu sei que devo melhorar - eu sei disso - e todo mundo fica com medo de me dizer as coisas ou simplesmente não notam.

 

Então queria apenas agradecer. De todo meu coração.

Obrigada mesmo."

 

- Sophia Muller (autora de Enlouquecida)

Blog IndieCando Livros

Queremos, amamos e precisamos da interação com leitores e autores nacionais. Por esse motivo criamos um blog do IndieCando Livros, que ainda é recém nascido mas em breve ganhará enquetes, matérias, links, e notícias. Comentários sobre livros, autores, resenhas, e o projeto são sempre bem-vindos. Você também pode mandar suas críticas, sugestões e dúvidas para nosso e-mail, na página "contato".

 

Clique aqui para conferir o blog.

O IndieCando Livros entrevistou o jovem escritor de fantasia, Daniel Monteiro. Nosso foco foi a questão de influências e alvoroço em torno do gênero, assim como estilos de escrita em voga e autopublicação. Imperdível.

Espaço do Autor: Daniel Monteiro (Fantasia)

INDIECANDO: Daniel, você escreve fantasia. Acha que o gênero teve seu revival por causa de George R R Martin? Ou aconteceu antes, quando O Senhor dos Anéis foi adaptado para o cinema? Ou nenhum dos casos?

 

DANIEL: Em grande parte, sim. O Senhor dos Anéis foi essencial para trazer a temática de fantasia para o grande público, e seu mérito é inegável, até por reunir sucessos de público e crítica num só formato, mas em termos de produção literária, com certeza George Martin e Harry Potter foram mais influentes no Brasil. A legião de fãs precisava se unir para discutir sobre as duas histórias, e nos fóruns de discussões surgiram teorias, fanfics, what if's, e tudo mais que pudesse gerar interação entre as pessoas que acompanhavam as obras. Eu iniciei minha escrita de fantasia inspirado nesse "calor dos fãs"; antes me segurava no cantinho da comédia e dos contos, mas vendo o tamanho da empolgação dos leitores de fantasia, resolvi escrever algo deste gênero tão popular. Ainda sobre a atual geração de escritores, aponto a cultura pop dos videogames e animações japonesas como grandes contribuidores para a formação de mentes criativas, não podendo deixar de citar os escritores Raphael Draccon e Eduardo Spohr, que declaradamente se mostram fãs dessas mídias.

 

INDIECANDO: Quais elementos do gênero você considera indispensáveis, e quais acha que devem ser descartados por terem se tornado cliché?

 

DANIEL: Nada é indispensável. Tudo tem seu valor, e pode ser trabalhado de maneira diferente, atingindo um resultado inédito. O escritor de fantasia pode criar um universo inteiro, com planetas diferentes e culturas diversas, do mesmo jeito que pode criar um enredo que se passa dentro de uma sala de espera de um consultório, e não há razão para dizer que uma dessas premissas renderá uma história melhor que a outra. Obviamente que, se já há uma história com início, desenvolvimento e desfecho idênticos ao que o autor tem em mente, não há razão para repetir tudo em uma "nova história", a não ser que a proposta seja uma releitura, mas eu não condeno quem se pauta em fórmulas de roteiro, apenas não é meu estilo.

 

INDIECANDO: Que breve análise faz do crescimento vertiginoso de escritores nacionais?

 

DANIEL: O crescimento é reflexo da impulsividade dos jovens, eles descobriram coisas fantásticas nos livros, filmes e seriados, e perceberam que podem fazer igual ou melhor com um PC e um editor de texto. O lado bom é que a produção nacional está se firmando como uma fonte aproveitável de trabalhos literários, e o lado ruim é que, mesmo com um esforço hercúleo para filtrar as melhores obras, talvez ainda não exista demanda para tanta novidade.

 

INDIECANDO: Auto-publicação: uma fuga da burocracia e falta de controle do autor que publica por uma editora, sinônimo de falta de qualidade, ou o futuro democrático da literatura?

 

DANIEL: Estatisticamente falando, as três coisas. Cabe ao autor auto-publicado se colocar no mercado e deixar que o veredito seja anunciado.

 

 

INDIECANDO: Tem rotina para escrever, meta de palavras, ou escreve quando inspirado apenas? Há receita de bolo para a produção de obras?

 

DANIEL: Procrastinar é o segredo, quando se sabe a hora de parar. Único ritual que sigo é começar junto com um turno (manhã, tarde ou noite) e seguir direto escrevendo até que ele termine. Sim, há várias receitas, e muitos exemplos de sucesso e fracasso de gente que as usa.

 

INDIECANDO: Na sua opinião, qual é o maior erro que os novos autores cometem? Acha que escrever exige um dom nato ou é apenas resultado de trabalho árduo e prática?

 

DANIEL: O maior erro de todo autor novato é publicar seu primeiro trabalho. Escrever é uma coisa complicada, e como todas as coisas complicadas na vida, ninguém acerta de primeira. Escrever não é um dom, mas acredito que aspectos  como observação, poder de análise, criatividade e outros aspectos intrínsecos às pessoas afetam diretamente a qualidade do que elas venham a escrever. Fora isso, o uso das palavras é algo técnico, e qualquer um pode praticar e se sair melhor que um escritor nato que nunca buscou melhorar. Lembrando o que disse acima: as fórmulas existem, e quem as usa, normalmente atinge resultados satisfatórios.

 

INDIECANDO: Você acredita que a literatura fantástica nacional é ou tem o potencial de ser tão boa quanto a fantasia internacional? Se não, o que acredita que falta em nossa literatura fantástica?

 

DANIEL: É difícil responder, pois eu teria que saber o quão bom é a literatura internacional. Se o parâmetro da qualidade for medido em vendas, não. É impossível que a produção nacional alcance este tipo de qualidade, pelo menos no curto prazo. Caso o critério seja subjetivo, não só pode, como já deve haver casos excepcionais, só nos falta o interesse de procurar. O que acho que falta é originalidade; leio muita coisa nacional e às vezes penso que muita coisa melhoraria se o autor conhecesse um pouco (só um pouquinho) de Monteiro Lobato.

 

INDIECANDO: Ultimamente temos observado a inclusão do romance em diversos gêneros, incluindo a fantasia. Você acredita que o romance abre espaço para a discussão de diversos outros temas relativos a questões humanas ou apenas afasta os leitores, sendo de importância secundária na fantasia? Acredita que, no segundo caso, deve ser deixado de lado?

 

DANIEL: Romance existe e precisa ser retratado na literatura, tanto quanto qualquer outro tema. A quantidade e abordagem do romance cabe ao escritor definir, sem esquecer que essa escolha está diretamente ligada ao público-alvo da história.

 

INDIECANDO: Atualmente temos observado a predileção dos autores e também de alguns fãs por personagens de caráter ambíguo. Você acredita que isso se constitui em uma evolução da literatura fantástica ou em uma técnica alternativa, usada pelos autores que apenas desejam discutir temas distintos daqueles que preferem dividir seus personagens entre os "bons" e os "maus"?

 

DANIEL: É uma tendência literária que reflete a nossa sociedade. Sem sombra de dúvida, quando estruturarem nossas criações contemporâneas em uma escola literária, esse aspecto será um ponto-chave para análise das obras. Não diria que isso é uma evolução, porque o comportamento pessoal não pode ser enquadrado como apenas bom ou mau, assim como a vida não é feita só de conflitos diários, cotidianos e simultâneos, como normalmente se vê muito na literatura do "nosso tempo".

 

Escreveu um artigo que acha que vai nos interessar? Seja uma colaborador. Na página "contato" nos envie um email

bottom of page